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A Verdade como Trava Evolutiva

Quais mecanismos você usa para definir o que é a Verdade?
Tenho medo de gente que se baseia em livros, em religiões ou no que a tradição familiar ensina, pois isso me mostra que o indíviduo facilmente abre mão da lógica e do bom-senso para não contrariar a maioria dentro da qual deseja continuar estando inserido.
Não confio em pessoas que não fazem experimentações próprias, que não se arriscam, que não são curiosas, que sofrem do terrível preconceito contra aquilo que desconhecem.
Esse condicionamento mental que cega a raça humana é geral e crônico, mas no meio em que atuo, os espiritualistas, grassa sobretudo entre os que enchem a boca pra dizer que algo não pode ser verdade porque “vai contra o que Kardec dizia”.
Kardec era só um homem, seus livros já têm mais de 150 anos e já eram controversos na época em que foram escritos, hoje embora ainda tenham ensinamentos válidos, carecem de atualização urgente.
Há muitos “Espíritos da Verdade” tentando passar suas mensagens e abrir os olhos da humanidade no pouco tempo que resta, e seus dizeres têm sido ignorados porque muitos preferem se esconder na segurança fictícia de uma doutrina que querem crer definitiva e infalível.
Consciência maduras sabem que não há doutrina infalível, nem homem cuja mente seja capaz de tudo abarcar.
Os seres que habitam outras dimensões e que hoje tentam se comunicar com a raça humana têm evitado partidarismo religioso, focado em questões práticas, objetivas enfatizando a posição de homem como co-criador da realidade, procurando fazer com que encare suas questões emocionais que necessitam de uma visão mais terapêutica e menos ‘mística’ e ainda assim são rechaçados em nome de uma doutrina regional que sequer vingou em seu próprio país de origem e ainda por cima foi totalmente desfigurada de seus aspectos mais profundos para se encaixar na mentalidade altamente católica e messiânica de um Brasil órfão de ideologias e intelectualismos de massa.
O kardecismo foi minha primeira bússola de confiança, pela qual me guiava entre tanto joio que infelizmente existe no meio espiritualista, mas hoje, mais de três décadas após meu contato inicial com a doutrina, acho que me fez mais mal do que bem, me prendendo durante muitos anos a conceitos que eu deveria ter sido ainda mais ousada em questionar. Perdi muito tempo ignorando fatos porque simplesmente ‘não se encaixavam’ no belo e seguro esquema que tentaram me passar como garantido para seguir pelos caminhos da evolução sem me complicar.
É natural do ser humano buscar um guia ou roteiro seguro para se pautar pelas estradas incertas da vida. Mas nessa ânsia muita vezes deixamos o barco que nos levaria mais perto de nossos objetivos passar sem nele embarcar.
A Verdade não cabe em uma única religião, filosofia ou pensar.
Desejo que o medo não paralise a vontade humana de avançar, que a dúvida seja o que nos faça sempre buscar respostas melhores e mais consistentes na medida de nossa evolução e que o ranço não impere mais entre aqueles que desejam calar a voz dos irmãos que falam sobre aquilo que eles ainda não conseguem vislumbrar simplesmente porque estão presos a certezas das quais não se prontificaram a abrir mão.
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