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ALERTA IMPORTANTE sobre as LINHAS TEMPORAIS

 

Muitas pessoas, penso que a maioria dos que acessam este tipo de página, estão sentindo que há cerca de uma semana as coisas estão MUITO estranhas.

Dentre essas pessoas, existem os que são Alteradores de Linhas Temporais natos, seres cuja essência foi dotada desde a Fonte Criadora com a capacidade de interferir e direcionar sequências de ações e seus eventos subsequenciais em uma determinada ótica.

Releia a frase acima antes de prosseguir, por favor.

Cada ser atua somente dentro de uma faixa (na qual está sua perspectiva da situação); ninguém é capaz de alterar TODAS as linhas temporais em todas as suas variáveis. Por isso TODOS os alteradores de LT em condições mínimas de atuação estão sendo levados a agir multidimensionalmente de acordo com suas capacidades inatas, junto a seus mentores e família estelar, para modificar linhas dissonantes entre 1986 e 2017.

A maioria está acordando com fragmentos de sonhos com diferentes datas e eventos misturando entes queridos (ou não tão queridos) encarnados e desencarnados, cenários misturando pessoas e fatos do seu passado e presente que não têm aparente conexão, ou simplesmente com sua energia exaurida pelos esforços da noite.

Às vezes os sonhos abordam eventos violentos ocorrendo com pessoas desconhecidas e cenários onde algo impacta a vida de muitas pessoas. Outros mesmo acordados sentem que estão atuando em mais de uma realidade ao mesmo tempo.

Neste momento várias naves de diferentes linhagens estão vagando pelas LT recolhendo fractais de pessoas e situações que ficaram presos em situações lá atrás que estão de alguma forma interferindo na maneira como o que entendemos como FUTURO do nosso ponto de vista deve se encaminhar AQUI E AGORA.

Situações que não ocorreram como deveriam, relações pessoais e referentes a projetos que se romperam ou não seguiram o rumo que era o mais produtivo para todos os envolvidos – e sobretudo para a coletividade que seria impactada através disso.

O problema é que como devem saber, uma mudança tem infinitas consequências e nem todas positivas, conserta-se algo e desconserta-se outro.

“O céu continua em aberto” até que os Seres obtenham a melhor resolução possível das equações em questão.

Você é parte importante para esse resultado.

Muitos estão sentindo necessidade de meditar, de fazer mantras e decretos ou simplesmente de orações. Tudo é válido, porém uma medida é emergencial e tem a ação mais poderosa do que todas as acima mencionadas:

LIBERE PERDÃO

LIBERE PERDÃO PARA TODAS AS PESSOAS E SITUAÇÕES DESAGRADÁVEIS QUE VOCÊ PASSOU E QUE ESTÃO VOLTANDO À SUA MENTE AGORA NESTES DIAS

LIBERE PERDÃO PARA SUA FAMÍLIA, AMIGOS, COLEGAS DE TRABALHO E EX-PATRÕES E ANTIGOS PARCEIROS

LIBERE PERDÃO PARA A MEMÓRIA DAQUELA BRIGA, DAQUELA DISCUSSÃO DESAGRADÁVEL, DAQUELA NOITE DE CHORO QUE VOCÊ PASSOU POR CONTA DA INCOMPREENSÃO DE ALGUÉM QUE VOCÊ CONSIDERAVA MUITO OU A QUEM TANTO AJUDOU RECEBENDO EM TROCA INGRATIDÃO OU INDIFERENÇA

A energia do perdão é um verdadeiro DESATADOR DE NÓS das Linhas Temporais, e nesse momento ele é a ferramenta mais eficiente para que possamos de forma consciente auxiliar os seres das estrelas a nos ajudar a sair da bagunça que criamos com nossas emoções desalinhadas e das consequências impeditivas que essas energias ainda estão emanando dentro do nosso campo impedindo nosso avançar dentro do DESPERTAR assim como nossa vida de seguir os rumos pre-determinados antes dos nossos nascimentos físicos.

Se você é uma Semente plantada para florescer durante os tempos da Transição, saiba que há coisas surpreendentes aguardando mais à frente, porém elas estão travadas até a limpeza completa dessas energias.

As energias do Sol Central de Alcione chegarão com grande intensidade agora em março, mas lembro será primavera apenas no hemisfério norte, para nós será outono, estação onde tudo que não serve mais cai para que a vida possa se renovar.

Esse trabalho nas Linhas Temporais continuará ativo durante toda a estação nova até o inverno. Só teremos outra mudança significativa no próximo equinócio em setembro, portanto, se você quer ver mudanças na sua vida, e alcançar seus objetivos tanto materiais como espirituais – e sobretudo emocionais, o eixo sobre o qual tudo se manifesta (ou não) – essa é a Lição de Casa dos próximos 6 meses.

Seguem alguns links abaixo como medidas de auxílio vibracional:

Mantra de Kwan Yin: https://www.youtube.com/watch?v=go__-3DgtiA

Mantra do Perdão: https://www.youtube.com/watch?v=wxK3G0Ud9vE

Mantra para obter êxito em todos os campos da vida: https://www.youtube.com/watch?v=ouwmKukZubs

Hino para Perdoar: https://www.youtube.com/watch?v=DIq6pOdUpZw

Quando eu for para Aruanda: https://www.youtube.com/watch?v=EJvvEqt460g

Receita de Floral de Bach: Walnut + Star of Bethelhem + Water Violet + Clematis

Banho de Ervas: Rosa Branca, guiné e alfazema (macerar a frio), fazer 3 vezes

Quem faz uso das Medicinas Sagrados, consagrar Rapé e Sananga pedindo compreensão e liberação dos sentimentos presos nas situações passadas.

 

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Quem oferece pena confisca a dignidade

O texto abaixo, retirado de trechos adaptados de um Mapeamento Multidimensional, ofereceu aos guias a oportunidade de dissertar sobre um assunto no qual comumente nos confundimos: a pena e a compaixão.

A compaixão é uma dádiva do espírito compartilhada com toda forma de vida e até mesmo com a matéria inerte quando estamos conectados com a essência de tudo o que é, foi ou pode vir a ser – dentro da Eternidade.

A compaixão é um extravasamento do amor que há em nós para com a realidade momentânea do outro.

A pena, ao invés, é uma inversão de perspectiva, na qual sob nossa consideração algo ou alguém não está cumprindo seu papel de acordo com nossas expectativas.

Cada um de nós traz no seu campo uma qualidade energética específica.  Cada elemento que tem sua própria tônica dentro do Xamanismo. Consideremos alguém que traz em si a energia do Raio, de Tupã, de Thor, de Xangô, os deuses do trovão, elemento ativo, Yang, com grande capacidade de destruição e revitalização. Quando uma energia é identificada dessa forma, precisamos compreendê-la como uma característica da nossa própria ancestralidade. Se você pertence a esse clã é porque dentro de você as energias funcionam de modo muito veloz, elétrico, contundente e suas ações causam impacto. Uma pessoa do clã da Lama, ao invés disso, detém energias de depuração, decantação, hipotensoras,  que levam à reduçao natural do ritmo, o que podemos reconhecer como os domínios da orixá Nanã, por exemplo.

Um ser do fogo poderia sentir pena de outro que não manifesta as próprias características, que não trabalha na mesma velocidade, que é apegado, lento e medroso. Porém a Fonte cria o que a Fonte precisa, e precisamos nos prostrar a esse conhecimento, caso contrário em momento oportuno ele poderá nos humilhar dentro de nossas próprias facilidades e certezas.

O outro não precisa da nossa pena, que pode inclusive prejudicá-lo na manifestação de suas potencialidades.

Se o outro não corresponde é porque o outro tem o tempo do outro, ele não precisa seguir o nosso. Deus deu um tempo para cada um. A aboboreira floresce em 5 meses. O carvalho em 50 anos.

O outro é sempre um universo particular que segue suas próprias lógicas. O Outro é tão divino quanto eu – ainda que ele não saiba.

O outro, quando estiver se experienciando plenamente é uma verdadeira maravilha do universo – podendo ser inclusive a manifestação da cura que eu tanto preciso.

Ao outro cabe sempre, portanto, os nossos respeitos.

E à Fonte a nossa Gratidão por criar sempre além das nossas expectativas.

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Antídoto para a Vida

O melhor antídoto para a vida é a vida!
Aprenda a usufruir o máximo mesmo dentro dos contratempos!

O melhor antídoto para a vida é a vida!
Aprenda a usufruir o máximo mesmo dentro dos contratempos!

O melhor antídoto para a vida é a vida!
Aprenda a usufruir o máximo mesmo dentro dos contratempos!

Entendeu?💐
Então tenha um ótimo dia!

 

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A Solidão dos Astronautas

“A solidão dos astronautas é viajar mundos e quando encontrar vida se felicitar apesar de o nativo nem sempre poder compartilhar dos fatos que o astronauta gostaria de lhe contar.

O primeiro precisará descer ao nível do seu anfitrião para que possam harmoniosamente conviver, e assim se ajudar.

E ainda assim no silêncio de seus aposentos, ao final de toda noite, se lembrar de quem ele é, para não permitir que se perca a sua identidade sideral. ”

trecho de um Mapeamento Multidimensional

 

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Sobreposição Dimensional

O link abaixo é antigo, na verdade em breve completará 35 anos o episódio de Antonio Nelso Tasca, durante o qual, em seu encontro com a extraterrestre Cabalá, esta lhe informou sobre vários eventos que ocorreriam no futuro da Terra:

https://ufo.com.br/noticias/caso-nelso-tasca-completara-25-anos.html

Em suas últimas palavras ela cita “a faixa dos 4 x”, expressão que intrigou e ainda intriga ufólogos quanto a seu real significado. Essa expressão porém, para um grupo de pessoas do qual faço parte é bastante comum e utilizada, e inicialmente nos foi trazida por entidades que trabalham na Umbanda para explicar o fenômeno da intersecção dimensional. A faixa dos 4 Xs seria a camada dimensional que podemos  nos referir como 4ª dimensão, separada de nós pelo tempo e não pelo espaço somente, que se cruzaria com a dimensão na qual estamos acostumados a operar de forma consciente, a 3D,

Em verdade estamos vivendo em uma realidade multidimensional, e todos vivemos também dentro da 4ª, porém sem percepção consciente disso. Alguns médiuns apenas têm noção da interseção quando percebem em seu campo outra inteligência a se comunicar ou se fazer notar. Nessa faixa existem muitas coisas, desde espíritos desencarnados até cidades físicas existentes em universos paralelos. A faixa de 4D é muito ampla e a época em que vivemos é profetizada a se entrecruzar para o evento da Transição Planetária.  Em outras palavras: tudo o que existe, vive naquilo que conhecemos como ‘nosso mundo’, a 3D, irá se mesclar com tudo aquilo que desconhecemos e habita desde o chamado ‘mundos dos mortos’ até realidades que para nós soarão bizarras, como as aldeias de alguns seres de forma humanóide que habitam a Intraterra.

Esse evento por si só já será mais impactante do que a simples visão de naves no céu. Isso irá ocorrer porque nossa realidade de 3D não existirá mais, nem mesmo a de 4ª como conhecemos; ambas as faixas sofrerão um upgrade, elevando seu nível vibracional e tudo que existe em ambas precisará se adaptar à uma nova realidade para poder continuar a se manifestar.

Sintomas de que isto estaria já ocorrendo seria o aumento da percepção de outras realidades, o avistamento de lugares e cenários sobreposto, de pessoas onde não há ninguém, o que a princípio seria considerado um fenômeno de clarividência, porém não apenas os auto-designados médiuns teriam essa percepção, e sim qualquer um, o cidadão comum que nunca presenciou nada de anormal, inclusive de forma coletiva.

As camadas que separam as dimensões estão naturalmente mais finas, os véus estão se estreitando e os pontos de intersecção de realidades estão se multiplicando exponencialmente.

“Nosso mundo está sendo lentamente invadido por outro” e isso durará por um tempo até a depuração e consequente sublimação das criaturas que habitam ambos se conclua.

No Apocalipse de São João esse período também é referido como tendo a duração de 3 dias, porém não é possível saber qual a duração desses 3 dias e qual o padrão de sua métrica: 3 dias da (nossa) Terra duram 72 horas; em Telos/Agharta quase metade disso, em uma das luas de Júpiter, 1/6; no Sol 27 dias. Pode ser uma expressão de tempo não fixa também.

Além disso na profecia feita a Antonio Tasca, Cabalá cita uma máquina, um engenho, que pode tanto se referir ao acionamento de maquinários que controlam o tempo, algo comum para civilizações estelares, como também aos equipamentos desenvolvidos por cientistas daqui como o CERN e HAARP que interferem no tecido subatômico que separa as realidades.

O motivo dessa matéria é avisá-los de que esse tempo já começou.

Recebo relatos diariamente que confirmam a percepção – até o momento passageira, com duração de minutos – da sobreposição de realidades.

Segue algumas dicas para lidar com isso:

  • A intersecção permite visões maravilhosas, mas também aumenta a possibilidade de ataques de quem tem inimigos do outro lado, portanto fique alerta e cuide do seu padrão vibracional, pois os “Alexandres*” terão mais chance de causar danos físicos em seus desafetos.
  • Não rache os miolos tentando entender tudo o que vê, a maioria das visões pode não ter muito sentido, como por exemplo o relato de uma amiga que viu um espelho se desmanchar e uma placa similar a de um computador no lugar da porta da geladeira. A sobreposição pode ser apenas um fenômenos aleatório.
  • Atenção às crianças, pois elas estão percebendo muito mais isso ocorrer. Tenho recebido informações de Portugal que dariam cenas de filmes!
  • Aprenda a achar tudo normal e a não se espantar em demasia com nada. Na verdade há muitos mais motivos para se espantar com nossa realidade padrão do que com eventos que têm uma explicação técnica-científica, ainda que não na nossa visão científica limitada.
  • Se você é médium de incorporação, e sobretudo ‘médium de transporte’ na linguagem Umbandista, que tem a característica de incorporar em sequência várias entidades, aprenda a controlar e fechar seu campo. O assédio pode aumentar e se você não apertar o elástico que fecha seus canais de comunicação irá se desequilibrar e seus chefes de câmara de passe, seus dirigentes de trabalhos de desobsessão não irão conseguir lhe ajudar. Desculpe mas serei bem honesta aqui: tem médium que gosta de ser o ‘sensível’, o que não ‘consegue segurar a energia’, o que ‘dá trabalho durante a sessão’, porque isso lhe dá a confirmação psicológica de que ele “é médium mesmo, de que não está imaginando coisas, de que as coisas acontecem mesmo ele não querendo”.
  • Para aqueles que ‘não gostam’ e passam por isso lembro: O CORPO É SEU, OS CANAIS SÃO SEUS. Na sua TV você assiste o canal que quer e se não quer deixa ela desligada. Se ligar sozinha tem algum problema e precisa levar na assistência técnica. Então bom, se esse for seu caso, recomendo urgentemente que você reveja sua postura ou procure uma solução para o seu caso, porque a partir de agora correr para o dirigente ou o pai/mãe de santo não vai resolver. Cada um terá de ser capaz de garantir sua integridade energética/física/mental/emocional/espiritual. E tenha certeza de que os guias não terão tempo de bancar a babá de ninguém, pois estarão muito ocupados resolvendo casos muito mais sérios de aberturas de portais coletivos, do que uma pessoa apenas causando, pois em último caso ela pode ser internada e os efeitos passam com um sossega-leão, drogas que cortam quimicamente os transmissores que permitem a percepção de outros seres. É brusco mas resolve. Até que a pessoa consiga se autogerenciar novamente.                                                                                                                              Peço desculpas  se meu discurso parece insensível, mas estou realmente tentando passar as coisas com o grau de urgência que me foi passado pelos guias, quanto a necessidade de trabalharmos lado a lado com eles como parceiros e não como eternos dependentes.                     
  • Se você é pai/mãe de santo, dirigente de centro espírita, exija de seus médiuns responsabilidade com a corrente; um médium desconcentrado e invigilante põe em risco todo o trabalho.
  • Se você tem a sensação de ‘perda da realidade’, sente como se de repente estivesse dentro de um sonho e sente tremor no plexo solar, use um epidoto junto ao corpo. Para a proteção não saia de casa sem uma turmalina negra e uma cianita negra no bolso da calça do lado esquerdo ou dentro de uma doleira na altura na cintura. Para facilitar o epidoto pode ser colocado dentro da doleira também.

 

No mais lembre-se de que você sabia que seria assim antes de encarnar. Você se prontificou em ter essa experiência em meio a tempos de caos. Então agora faça bom uso dessa oportunidade. Mantenha a calma e centre-se para saber qual a melhor atitude a cada momento. Quando estiver confuso, desfoque dos seus problemas e tente ajudar um amigo, um irmão a resolver o dele. Essa é uma santa terapêutica…

Está oficialmente aberta a temporada de eventos bizarros.

Desejo-lhe momentos interessantes!

J Stella

* personagem obsessor da novela “A Viagem”

 

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A História de Zé do Laço

Os seres hoje libertos da 3D costumam contar como superaram suas dores e os desafios da Roda de Sansara, como forma de nos inspirar a conseguir o mesmo.

Mas nesse processo, apesar do conhecimento adquirido sobre as Leis da Espiritualidade, perdemos ‘o brilho’, o viço da esperança pelos massacres constantes à nossa paz de espírito e equilíbrio.

Tive a honra de psicografar muitas histórias, mas para mim nenhuma mais especial do que esta, dada muitos anos depois do primeiro contato com a entidade, a primeira que sintonizei que se identificava com uma falange atuante na Umbanda.

Zé é sempre sorriso, sempre alegria, sempre solução. E sempre me dizia: “Um dia te conto minha história”.

Quando ele o fez, senti na pele o terror que só quem tem dentro de casa a fonte da inquietude conhece.

Uma coisa é a depressão causada pelo desemprego, pela falta de grana, pela solidão; outra bem diferente é ter sua paz e integridade constantemente ameaçada por violências dos mais diversos tipos. Há níveis e níveis de situações e a resiliência é um elástico, após certo nível perde sua forma; para que isso não ocorra, é preciso não perder de vista o sentido de autopreservação e não se auto-escravizar a conceitos sufocantes de subordinação ao sofrimento.

Albano lutou por si e pelos seus, e em suas buscas indagava Deus o porquê de tudo aquilo.

Se você também já desejou colocar Deus e a Vida no banco dos réus, essa história é também para você.

Boiadeiros

A História de Zé do Laço

Capítulo I

 

A História de Boiadeiro começa hoje.

Hoje é o dia eterno do tempo.

Para aquele que sofre o hoje é eterno. Ao que não dorme, a noite não passa. Ao intranquilo no espírito o suceder dos dias é corrente de água a enlouquecer o rio.

Foi num dia como esses, em que a escuridão encega a alma e a dor no corpo não se faz silente, que Albano viu o escurecer nas paragens onde os cavalos ‘baios’/selvagens se agrupavam para atravessar o reinado de Phebe. Era em meio a natureza que buscava asilo das discussões e intrigas que seus irmãos faziam, sempre indispostos a repartir, em igual pertence de valor, as terras, as roupas e até mesmo a comida que o pai lhes provia ou a mãe servia. Na casa onde a inveja faz moradia pelas contas devedoras, sempre inimiga de quem já no passado de ciúmes se movia e até hoje de qualquer atitude mais fraterna se desobriga, o caldo ainda quente esfria, o doce azeda e o salgado amarga o sabor de toda vida em família.

Mas Albano corria; daquele cenário só sua mente desfazia ao avistar as árvores, sentir o vento no rosto e a alegria das viagens percorridas por cada um dos seus cavalos, que dali por vezes um tirara, treinava, domava e fama assim fazia. “Como podia Albano, moço assim tão quieto, fazer tanta serventia, e aquilo que ninguém mais podia, domar assim tão rápido alazão, crina-larga e pônei (antepassado dele, outro nome?) sem ferir a si ou ao bicho, e ainda manter suas maiores habilidades naturais intactas, coisas que outros domadores sempre perdiam em seus plantéis.
Olhando o garanhão, as fêmeas recém-paridas, os jovens mangalargas em sua liberdade, Albano se sentia como um deles, isolado à revelia. Quisera também ser cavalo, correr para longe e nunca mais ouvir uma briga, pois que a dos cavalos pode ser bem perigosa, mas pelo menos, dá-se na dignidade do silêncio. Oponentes medem suas forças e ganha a contenda o que tiver melhor condição para provar sua maior valia. Diferente dos irmãos a disputar aquilo que caso tivessem não poderiam a contento assumir. Disto o pai sabia, e portanto evitava a divisão, mas também impedia aos filhos seguirem qualquer caminho diferente de sua paternal opção.

Liberdades cerceadas geram corações em conflito. Eternamente buscando compensação por aquilo que não foi vivido. Se o clã tomou, o clã agora deve. Bens em troca de um amor. Coração negado em troca de um favor. “Tudo pela família”, diziam.
Para Albano, essa era frase de perdição.

Assoviou e para perto de si vieram sete, dois de perto, um de longe e os quatro no costado de perto da amoreira. Marrons no pêlo e olhos luzidios. Albano sentia que com ele falavam, e aceitou o convite de cavalgar por um tempo, algumas horas que fosse, para além do horizonte, e só retornar de manhã.

O vento varreu-lhe a mente e refrescou-lhe as idéias. Até mesmo alegrou-lhe a faze um sorriso ao avistar as meninas com não mais de quatorze, tranças, passamanarias no vestido, avental e lenços, trazendo cestos com ovos ao clarear dos primeiros raios da manhã.

Albano voltava alegre, outro, quase esquecido dos percalços do jantar do entardecer anterior. Mas antes que ele se desse conta, seu animal-amigo – anima-amigo – de brusco algo percebera e relinchara, cessando o trote de supetão ao se aproximar da propriedade ainda no portão. Relutou em prosseguir, mas ao mestre obedeceu, que na entrada da choupana já estranhou a janela aberta e a vela de sebo ainda a queimar ao lado da mesa posta ao jantar.

Rapidamente Albano desceu do trote e o casebre adentrou para imediatamente sentir o chão dos seus pés se retirar. O pranto o tomou quando a mãe atirada ao chão achou, já fria, a concha de madeira para o caldo ainda na mão retinha. O pai em pé lhe fixava, encostado ao armário das louças de mogno. Antes que gritasse “Pai, o quê!?” seus olhos bateram no irmão mais novo, de bruços sobre a cadeira de madeira ainda a verter sangue pelo frio da espada que lhe abrira. Ao encaminhar-se por entre eles avistou o machado que às costas o pai tinha. Um barulho alto o sacode em meio ao pesadelo: porta da despensa bate, trancada, e a voz abafada de um dos irmãos reconhece, a clamar por ajuda. Se dirige à porta, o coração em disparado. Nem bem destranca a trava e surge o irmão à sua frente, sujo de sangue, rasgado a gritar: “Irmão, irmão! Onde estavas? Grande tragédia se abateu aqui!”
Por muito tempo depois Albano esse momento procurou esquecer. Apenas memórias de relance, de qualquer forma, eram o que lhe vinham à mente. Gefér, o irmão preso na despensa a acusar Hitor, o mais velho, de ter assassinado aos pais e ao outro irmão; ao mesmo tempo barulhos na outra sala ouviu e duvidou: “E se foste tu, e não Hitor, que essa chacina comandou, pois tu bem ficarias não só com as terras de tua partilha, como com as do mais novo e sua futura esposa Ethira, a quem seus olhos sempre fizeram grande vista?”
O cavalo lá fora relinchou, avisando do perigo diretamente ao seu coração: “Corra!”

“E se foram os dois mancomunados a exterminar a família?” Não sabia, nem saberia, pois o relinchar do cavalo foi mais forte, e o instinto do perigo a lhe demandar SALVAÇÃO lhe deixou claro um recado à mente consciente:

“Salva-te, pois que tudo está perdido! Se foi um ou outro irmão, ou ainda os dois, teus pais e o outro já foram postos ao sacrifício da ganância seja lá de quem. Corre e salva a ti, que se aqui te demoras, teu destino não será diferente também.”

E sem mais discernir palavra de irmão ou barulhos que não fossem o relincho de Oro, o anima-amigo que lhe urgia a cavalgar embora, Albano correu porta afora, se pôs à galope e só parou no país vizinho.

Fez muito bem, pois notícia tivera de ser procurado, acusado pelos dois irmãos mais velho de ser o responsável pelo assassinato dos pais e do irmão mais temporão.
Mas Albano outros caminhos tinha a percorrer que não os da prisão.

E sempre na direção do poente ia, um pouco a cada dia, em busca da sua salvação.


O 1º capítulo é contado na 3ª pessoa porque até aquele ponto eram ‘os outros’ que regiam a sua vida, e que determinavam se ele sofria ou se ele sorria.
A partir do momento em que Albano tomou uma decisão por si, baseado unicamente em seus instintos e sua conexão com a natureza, nosso personagem ganhou voz, a sua própria voz, e daqui em diante, é ele próprio quem narra o seu destino.

Pai Arruda

 


 

Capítulo II

Por três dias corri. Nem para comer parei, somente para um bem pouco dormir, pois que sentia às minhas costas o vento frio da dívida de sangue registrado por meus irmãos mas creditada a mim, em meu encalço. Se parasse, sabia, perdão não haveria, pois que todos neles, muito mais articulados que eram, acreditariam. Rumava no sentido do sol poente, talvez no inconsciente desejo de fazer o tempo retroceder, à trás andar e quem sabe minha sorte mudar.

Mudar, mudou. Mas foram muitos d’ias’, ‘semanas perdidas no tempo’ de paradas em estranhas pradarias que a mim mesmo de volta me conduziam, enquanto eu acreditava que para fora do “eu mesmo” me encaminhava, ao desdobrar em todas as minhas forças para tentar resolver os causos daqueles que se achegaram a mim. Porque ajudar os outros é bálsamo mais que bendito, no esquecimento dos problemas de quem, como eu, paz de espírito sempre buscara mas jamais antes encontrara, nem mesmo na solidão. Pois no vácuo do silêncio reverberam a dor e a falta de compaixão, afligindo num suplício eterno de tristezas as almas que buscam por seu próprio perdão.

Iniciação? Eu diria que sim.

A minha levou 9 anos, dos quais algumas paragens eu vos conto a seguir:

Naquele tempo eu me achava meio burro, bruto até, porque me comparava, na brusqueza objetiva do falar, com o diálogo franco e humorosamente elaborado dos meus irmãos mais velhos. Tímido, recuava e evitava marcar presença aonde ia, acompanhado ou não da família, mesmo quando as moças me enfeitiçavam o olhar.

No começo do exílio, deliberei: “Vou pra um lugar que melhor me ensine falar. Vou pra Grécia dos filósofos, que lá dizem que tem saber, que é coisa boa e que eu também quero ter! E além disso também passo antes pela Sicília, que disseram ser terra de mulher muito bonita. Quem sabe já não me vou até casado ter uma conversa boa com aquele tal de Platão, e ele não me pega como aluno dele e me ensina bem umas lição, que além de eu deixar de ser burro, passo a falar bonito, que é coisa que qualquer esposa há de gostar. E também se algum dia tiver condições de minha inocência provar, volto falando bonito e mostrando para esse povo que todo bronco com carinho tem seu jeito.”

Hoje em retrospecto vejo quão inocente era eu, que além de achar que Platão ainda vivia, ainda pensava que o povo, com minha “evolução” se importaria… Quem em si não se confia, sempre de todos espera aprovação e teme a zombaria. Ah, triste sina! Feliz daquele que não depende das esmolas de atenção alheia!

 

Reprodução do Livro Paralelas da Umbanda III – Boiadeiros – à venda