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Postagens do Metacaderno: minha primeira Psicografia

Esse post é sobre canalizações, um assunto que sempre vem a tona com as sementes estelares.
Infelizmente as chances são de você estar muito mal informado sobre isso, e ter absorvido vários conceitos equivocados que flutuam por aí 😩. Se precisar se aprofundar nesse assunto recomendo assistir os vídeos do nosso canal do YouTube e seguir o blog Escritora Stellar, mas vou citar alguns pontos chaves pra ir clareando sua mente sobre o tópico :

* canalização não é um tipo de mediunidade típica de contatados (lembra quando falei da importância de se aprender um novo idioma? Pois é… esse termo popularizou no Brasil por conta unicamente da incompetência dos tradutores!) Canalização é a boa e velha psicografia mediúnica que tanto pode ser mecânica quanto intuitiva

* a maioria dos contatados e sementes estelares não tem mediunidade de incorporação, portanto na maioria das vezes suas transmissões de conteúdo serão por via intuitiva (a tal da ‘canalização’ onde o médium não perde controle do corpo durante a ocorrência do fenômeno

* os ultradimensionais podem acoplar nos chakras e utilizar a voz ou a escrita para passar uma mensagem, desenho ou símbolo, mantra ou frequência. Os guias da umbanda sempre fizeram isso, porem a ideia de que uma incorporação física seria mais ‘forte’ e era o esperado impedia a aceitação e compreensão do fenômeno

* a maioria dos multidimensionais não fala línguas da terra, se comunica por telepatia ou pacotes de dados que seu cérebro poderá ou não traduzir em palavras compreendidas pelo cérebro da 3D, atuando assim como um tradutor

* nem todo contatado tem condições de trazer mensagens com clareza para outras pessoas mas comumente recebe informações por essa via de sua própria família estelar

* o processo em si não é arriscado porém como em todo envolvimento mediúnico conteúdos anímicos (do mental ou emocional da pessoa) podem interferir, por isso autoconhecimento ( e idoneidade do canal) são fundamentais para comunicações límpidas e úteis

* nenhum ser irá passar uma comunicação sem propósito ou repetitiva, isso ocorre porque a maioria dos contatados não passou por um desenvolvimento adequado.

Nas imagens minha primeira psicografia, feita aos 16, 17 anos.

A biblioteca que eu frequentava (à qual eu devo minha sobrevivência durante a adolescência) recebeu uma patronesse. De Biblioteca Municipal da Vila Nova Manchester, passaria a chamar-se Lenyra Fraccarolli. A diretora da biblioteca, minha queridíssima amiga Salete, me pediu que escrevesse um texto para a cerimônia de reinauguração e me deu várias pastas e documentos que contavam a trajetória dessa extraordinária mulher. Tenho certeza que você nunca ouviu falar sobre ela, assim como eu nunca tinha ouvido também, neste país onde cultura é algo ridicularizado e quando exercido por mulheres, negros ou minorias é mais atacado e desvalorizado ainda, mas eu me senti transbordada de admiração ao ler o tamanho do empenho e das obras que Lenyra Fraccarolli nos deixou. Graças a ela tivemos bibliotecas infantis, graças a ela eu pude ter um refúgio entre livros na infância…

Mulher muito acima do seu tempo, embora eu fosse talentosa para escrever – afinal por isso me chamaram, pois eu tinha facilidade para escrever e dirigir peças de teatro para a escola – eu TRAVEI diante do currículo dela. Travei completamente, e nada do que eu tentava escrever parecia minimamente aceitável.

Dias se passaram e a data da cerimônia se aproximando, na véspera sentei na sala e disse a mim mesma: é hoje. Mas a inspiração parecia discordar de mim. Nem uma palavra. Duas horas depois meu irmão veio sentar-se em frente a televisão fazendo muito barulho, com seus pratos de comida e videogames e pensei, agora é que não vai sair nada mesmo do papel. Eu já ia me levantar para ir pro meu quarto guardar tudo e planejar as palavras da derrota que eu ia dizer para minha amiga Salete: “Olha, tentei muito mesmo, pra valer, porque essa mulher merecia uma homenagem digna, mas não deu… não consegui escrever nada”.

Então senti um calor descer pelo teto da sala e me envolver, como um abraço morno me isolando do barulho, da presença de qualquer outra pessoa no ambiente, das minhas dúvidas e sentimento de pequenez, e as palavras fluiram numa velocidade que mal eu conseguia manter o papel sobre o colo. Foi um dos textos mais rápidos que já escrevi, mesmo entre as psicografias, e eu sentia como se um anjo estivesse à minha volta formando uma redoma, e que alguém que realmente conhecera Lenyra em vida falava sobre ela, com carinho sobre o legado da vida dela. E me senti feliz de poder ser a tradutora.

Tempos depois soube que a filha de Lenyra havia gostado muito do texto e ficado surpreendida por uma frase em específico que sua mãe costumava dizer: “Quem menos faz é quem tem tempo para homenagens”.

Eu nunca tinha passado por isso antes, e não houve preparo, nem o ambiente era o mais adequado, mas eu sabia que havia sido instrumento de algo superior a minha própria capacidade e conhecimento.

E a felicidade que ficou foi mesmo um presente, que voltou a se repetir em todas as vezes em que servi de canal para algo além de mim.

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