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Lições do Pai Rapé

[trecho do livro digital “Lições do Pai Rapé“, contendo 21 lições que aprendi com a Medicina do Rapé Xamânico, disponível a partir de 21/01/20 aqui na nossa loja virtual ou no site da Amazon]

Ilustração de Ivan Posser Moro

10º dia:

Perguntei ao rapé como auxiliar pessoas ou membros da família a lidar com questões difíceis sem me prejudicar ou me enredar em assuntos que não me dizem respeito, portanto sem entrar na energia do ‘karma’ das pessoas.

Ele me mostrou uma florestas e uma árvore e disse:

“O que vemos são as manifestações aparentes do Ser, no caso seu tronco.

 Do alto da percepção humana não se vê nem o submundo nem o supramundo de uma pessoa.

Às vezes uma doença tem manifestações antigas no passado que nutre as raízes que alimentam a árvore (problemas genéticos, distúrbios havidos em um canal energético de um ramo familiar – traumas e vícios de encarnações passadas e padrões crônicos que voltam a se repetir no meio em que a árvore/pessoa hoje vive).

Existe no ‘mundo do meio’, o mundo das interações, ‘curas’ disponíveis: os ‘guias’ animais e elementos como vento e água  trazendo ‘informações’ para sustentar todas as árvores e orientá-las no sentido em que devem seguir, mas dentro delas, nos códigos de cada semente, está toda informação e força da qual ela necessita para ser saudável.

Dentro de um terreno comum – jardim, trecho de floresta, ‘vida compartilhada’ – as plantas e outras árvores ao redor procuram auxiliar (fornecer informações = códigos – sua luz/essência) para ajudar a árvore que está tendo dificuldade a se recuperar.

Porém espécies diferentes têm códigos diferentes, e o que funciona para um pé de erva-doce pode ser ineficaz para um carvalho, ou a cura de uma árvore ser o veneno que enfraquece e mata outra, então somente cada árvore pode decidir e estabelecer o caminho de sua própria cura.

Plantas – árvores e pessoas – de uma mesma espécie compartilham códigos comuns, por isso podem compreender e oferecer ideias mais familiarizadas com problemas que conhecem. Por isso a cura de um ‘igual’, ‘similibus’ segundo a lei da Homeopatia, tende a ser mais segura, embora mais lenta, onde o caminho da cura se faz pela harmonização por eco de princípios iguais.

Nesse ou noutro caso, entretanto, continua válida a regra de que em casos de problemas profundos ou crônicos, que residem nas ‘raízes’ do ser, o entrelaçamento de dois sistemas de raízes de árvores diferentes, ainda que da mesma espécie, só agravará o problema.

Portanto misturar raízes com plantas doentes adoecerá a quem tentar ajudar e piorará o estada da já adoecida.

Em casos graves, seres externos ao sistema e dotados de conhecimento técnico (no caso das árvores humanos agro engenheiros – no de seres humanos irmãos mais experientes como extraterrestres e seres ultradimensionais) intervêm com conhecimentos e métodos específicos para restabelecer o equilíbrio de um ser ou sistema.

Em casos em que nem isso surte efeito, o elemento fica a cargo do Tempo, que transmutará o elemento pelo fogo ou o decantará pela água, e o sistema se desertificará ou alagará tornando-se pântano, onde outras formas de vida virão compor o ambiente.

Quem não se afiniza enquanto espécie com os biomas, ecossistemas desérticos ou pantanosos, deve ser proativo em busca de soerguer suas forças e alcançar sua cura antes que o Tempo passe a reger uma situação.

Os seres da Faixa Dourada – guias espirituais que podem intervir em questões karmáticas e são geralmente identificados porque trazem consigo um detalhe ou objeto dourado – devem ser invocados, mas quem os invocou deve, além de fé, despir-se da comodidade e dos medos, ‘pagando’ assim por essa intervenção, mostrando que ela não será em vão, que a essência adoecida está disposta a mudar, pois se não houver essa disposição, nem mesmos os ‘Dourados’ impedirão a ação do Tempo sobre um indivíduo ou grupo.

O Tempo é implacável na nossa faixa existencial, e quando se cai sob sua jurisdição, um longo período transcorrerá dentro de uma mesma energia até que possa haver liberação desse aprendizado, geralmente, no mínimo, décadas de vida.

Ou seja: auxilie sem comprometimento energético, pois cada árvores deve primeiramente a si mesma a obrigação de seguir a Luz – o Sol – e se desenvolver plenamente, florescer e frutificar.

O Sol, a Água, o Solo e os guias animais sustentam o desenvolvimento de todas as essências igualmente. Aquele que adoece é responsável primário por sua cura.

E em casos em que um ‘adoecimento’ foi causado por vias externas – ação maléfica proposital a um indivíduo ou coletividade – também externa será essa cura pela remoção do elemento desequilibrador do sistema. Por intervenção ‘dourada’ ou pelo ‘Tempo’.