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Histórias para Contatados 2 – A SAGA DE MARIA ESTRELA

Você é uma Maria Estrela?

Bem, toda essa introdução foi pra contar um dos sonhos-simulações mais bizarros que já tive dentro desses processos. Eu sonhei com a Thalia, aquela bela atriz mexicana que interpretou três ícones de sofrimento que uma enorme parcela da população latina pode acompanhar: Maria do Bairro, Maria Mercedes e Marimar, não sei em que ordem, pois na verdade não assisti as novelas, apenas sabia que elas existiam.

Em meu sonho, Thalia – uma alegoria para o nome real, a identidade do Eu Matriz responsável por aquele avatar –  morreu de câncer e de fome.

Antes de morrer cenas de sua última vida como o avatar Maria Estrela – uma alegoria às sementes estelares presas nas ilusões da necessidade de sofrimento. (Existe também o João Cometa, com suas dores do Sagrado Masculino ferido, mas hoje o foco foi nas típicas dores do Feminino, do aspecto Yin mal manifestado).

Qual a vantagem em cultivar o sofrimento?

Uma empregada da casa contava que ela segurara uma arma contra a testa e que seu marido empurrara a mesma contra ela. A família, a mãe dela especialmente, parecia chocada com os abusos, mas nada fazia. Maria Estrela macilenta suja e cheia de hematomas (na verdade miasmas) expressava sofrimento profundo em lágrimas sem fim. Seus filhos jovens pareciam alheios, frios, indiferentes

Maria Estrela buscava apoio da filha, que num canto tocava violão, mas não obtinha. Em dado momento acusava a filha de não se importar com ela e jogava na cara que havia pago terapia para a menina a troco de quê, uma vez que a filha ‘egoísta’ só pensava em si mesma…

O problema é de quem o cria, mas se você o aceita, ele torna-se também parte da sua realidade co-criada

A filha então calmamente respondeu que justamente por ter começado terapia aos 14 anos, (interessante notar a simbologia do Arcano 14 do Tarot aqui, carta da Temperança, do equilíbrio dos opostos) entendeu o quadro familiar e atrás de si o irmão logo também começou,  se libertando dos padrões domésticos.

O que antes parecia um cenário de tirania e violência doméstica em que Maria Estrela era desprezada por todos os membros insensíveis de sua família, revelava-se uma outra realidade agora, em que todos simplesmente se cansaram de participar do drama auto imposto por Maria.

A seguir, como cenas de uma novela os filhos, se encontravam com o pai em uma tarde ao ar livre e não mais o viam como vilão pela imagem a eles passada pela mãe, que com o cônjuge vivia um processo obsessivo.

Como em retrocesso a chocante cena da arma sendo empurrada contra a testa da esposa: era ELA quem empunhava e lhe pedia para atirar. Relutando em participar do drama dela, ele lhe ‘devolvia’ a arma: ela que estragasse a própria vida caso quisesse, pois ele não iria assumir o papel que ela lhe impingia.

Na ausência do Autoamor, muitos tentam se nutrir buscando despertar a ‘pena’ dos outros, porém viver de solidariedade apenas reforçará sua sensação de desvalia

Maria Estrela não morreu de maltratos por parte do marido, mas ressentida e anêmica pela falta do seu próprio autoamor acusando a vida de ser- lhe muito difícil.

O padrão de culto ao sofrimento com certeza foi herdado da mãe de Maria Estrela, que embora não confrontasse o genro fazia caras de reprovação a todos na família, como quem diz: “Barbaridade! Todos aqui não têm jeito.” (Tenho certeza que você já viu essa expressão no semblante de alguma avó, tia, ou até vizinha ao longo da sua vida, a cara da indignação dos que se sentem superiores e incapazes de ‘pôr ‘juízo’ às cabeças dos demais!). Algumas pessoas fumam, outras bebem e outras gostam de se lamuriar aos outros, sem perceber que o vício ao sofrimento é uma droga como outra qualquer.

Apenas páre com isso..

Por fim na última cena o verdadeiro par de Maria Estrela, que havia se casado, feito vida com outra pessoa que não a contraparte, assim como ela, uma vez que a mesma estava ocupada com esses padrões e portanto impossibilitada de vivenciar um processo através das leis do aprendizado amoroso – o método NATURAL de nos desenvolvermos conforme a Fonte Criadora nos criou. Agindo assim, essa escolha fez com que sua contraparte tivesse de esperar por ela concluir seu triste aprendizado por contraste (que NÃO é karma, por favor não CONFUNDA, uma vez que se rompe instantaneamente à medida que a consciência se expande e recusa continuar a vivenciar esses padrões e cocriar essa realidade).

Ele – a contraparte verdadeira, não o marido – olha de longe a cena dos filhos de sua amada com o pai e diz aos seus próprios filhos que está deixando à porta da escola ( observe a simbologia):

– Meus filhos, só me prometam isso, que nunca se parecerão com ele, pois isso me trará tristes memórias.

Entretanto ele dizia isso sorrindo, apenas um pouco melancólico, por lamentar que aquele que aceitou representar o papel de opositor para Maria Estrela  não tivesse conseguido fazer Maria Estrela romper com sua necessidade de drama, assim impedindo que eles vissem a ter qualquer chance naquela vida de se encontrarem.

Nessa altura, caso Maria Estrela tivesse ‘despertado’, ambos estariam já separados de seus parceiros ‘postiços’ aqueles que não sendo nossos verdadeiros parceiros de alma na obtenção de auto maestria se propõem a andar conosco uma parte do caminho e desempenhar papéis por vezes ‘ grotescos’ demais para alguém que esteja muito vinculado emocionalmente a nós aceitar viver.

Dá pra ser feliz pra sempre. Mas só se você quiser...

E assim, recusando-se a enxergar-se sem mais subterfúgios, a encarar as mazelas de uma mente e emoções descontroladas e preferindo culpar os outros e acusá-los de seus infortúnios, Maria Estrela, mesmo sendo uma semente estelar, morreu corroída por seus ressentimentos somatizados em forma de doenças e por desnutrição emocional profunda.

Fim de mais uma novela mexicana.

Triste para a protagonista que em vez de cuidar de si mesma, esperou que alguém a salvasse. Mas remediado ao menos e com boas perspectivas futuras para aqueles que se recusaram a entrar no drama dela e seguiram com suas vidas – apesar de tudo.

***

Na terceira parte algumas informações adicionais sobre o porquê de passarmos por experiencias de sofrimento.

J D Stella

2 de março de 2018

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