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A Síndrome de Procusto

Tenho lidado com isso desde os 6 anos de idade e deixa muitas feridas na alma…
Na primeira série estudavam na minha sala de aula 3 meninas filhas de professoras da escola; segundo a ‘lei’ delas eu não poderia tirar a mesma nota que elas e jamais um 10, caso insistisse na afronta, derrubavam meus materiais no chão, rasgavam ou rabiscavam meus desenhos e folhas de exercício, mentiam à professora sobre meu comportamento. Ela ignorava minhas reclamações, até porque implicaria ir contra as mães das meninas, suas colegas de trabalho.
No final daquele ano eu me tornei uma criança obesa – gordura como forma de proteção.

Ao longo da vida fui abrindo mão de muita coisa, para evitar problemas, mas por mais que abdicasse de meus direitos de autorealização, e pedisse ‘pouco’ para não melindrar ninguém, sempre alguém se incomodava, muitas vezes os ‘amigos’.
Fazemos isso em família, no trabalho, nos relacionamentos de todas as ordens, porque faz parte dos acordos não verbalizados sobre os quais construímos nossa realidade.

Procusto deixa claro que não podemos acolher as paranóias de autoaceitação dos outros, portanto: EM CASO DE MUTILAÇÃO, AFASTE-SE!

É melhor ser inteiro sozinho do que ter companhia aos pedaços.

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